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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a prorrogação por 60 dias do inquérito que apura a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.No mesmo despacho, na tarde desta sexta-feira (27), Moraes pede ainda que o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifeste em até cinco dias, sobre a desistência de Bolsonaro em depor no inquérito.
Nesta quinta (26), Bolsonaro disse ao Supremo que não iria depor no caso. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que o presidente “declinava” de se explicar às autoridades e pediu que o processo fosse encaminhado à PF para elaboração de relatório final.
O depoimento do presidente é a etapa final para a conclusão do relatório dos investigadores. Assim que for finalizado, o parecer será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem cabe decidir se há provas suficientes para a apresentação de uma denúncia contra Bolsonaro.
As investigações apuram acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sobre suposta interferência indevida de Bolsonaro para trocar o comando da PF. Em abril, o ex-juiz da Lava Jato deixou o governo após pressão do Planalto para substituir o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, pelo diretor da Abin, Alexandre Ramagem, um nome próximo da família presidencial.
Moro também é investigado no inquérito sobre o crime de denunciação caluniosa.
CNN Brasil