Anúncios
Após classificar as queimadas na Floresta Amazônica como um possível “recorde”, a NASA voltou atrás e suavizou a análise: “O tempo dirá se este ano o número de incêndios é recorde ou se está dentro dos limites habituais, existem dados de 7 anos atrás sendo exposto por internautas”
A NASA modificou o texto em seu site oficial que acompanhava a imagem de satélite capturada no dia 20 mostrando fumaça e focos de incêndios na Amazônia do Brasil.
Na última quarta-feira (21), em postagem no seu perfil oficial no Twitter, a agência espacial dos Estados Unidos disse que “embora seja estação de fogo no Brasil, o número de incêndios pode ser recorde”.
Na primeira versão do texto, a NASA afirma:
“Embora não seja raro o registro de incêndios no Brasil nesta época do ano devido às altas temperaturas e à baixa umidade, parece que este ano o número de incêndios pode ser recorde. De acordo com o INPE, o centro de pesquisa espacial do Brasil, quase 73 mil incêndios foram registrados até agora este ano. O INPE registrou um aumento de 83% em relação ao mesmo período de 2018”.
Após gera uma intensa controvérsia nas rede sociais, o texto foi editado no dia seguinte, quinta-feira (22).
Na nova versão, desaparece a menção ao INPE e a indicação de que o número de queimadas pode ser recorde.
A conclusão é muito mais suave com o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, que está sendo alvo de uma ofensiva internacional por conta dos incêndios.
“O tempo dirá se este ano o número de incêndios é recorde ou se está dentro dos limites habituais”, diz a NASA na nova versão.
O site BuzzFeed News questionou a NASA sobre por que foi retirada do texto de seu site a menção ao INPE. A agência respondeu:
“Não foi nenhum questionamento sobre os números do INPE. A pessoa responsável pelas legendas nesta imagem não tinha conhecimento de uma fonte de dados ligada à NASA sobre o mesmo assunto, e que deveria ter sido usada em vez de uma fonte externa.”